Estabelecida em 1815, a Fonseca pertence à primeira linha de casas produtoras de vinho do Porto Vintage. É reconhecida pela consistência na qualidade e no estilo dos seus Vintages, produzidos pela família Guimaraens, ao longo de cinco gerações, desde a sua fundação.
Esta consistência é resultado do contínuo envolvimento familiar, do conhecimento e da competência técnica transmitidos de geração em geração, mas é também o resultado de uma grande proximidade à vinha. As três propriedades da empresa – Quinta do Cruzeiro, Panascal e Santo António – constituem o coração do carácter distintivo dos seus vinhos do Porto Vintage.
O respeito da Fonseca pela vinha e pela região do Douro expressa-se na postura de liderança da firma na área da viticultura sustentável. A Fonseca foi a primeira casa a apresentar, em 2006, um vinho do Porto inteiramente produzido a partir de uvas de produção biológica.
É a única casa de vinho do Porto com quatro vinhos avaliados em 100 Pontos. Talvez mais do que qualquer outra casa, a Fonseca construiu uma comunidade leal de entusiastas de vinho do Porto que valorizam a sua individualidade e o carácter inimitável dos seus vinhos.
O Vinho
Após um período de dormência quente e seco, o ciclo da vinha começou ligeiramente cedo com o abrolhamento ocorrer a 9 de Março, cerca de uma semana antes do habitual. Globalmente, a época de crescimento foi mais seca e fresca do que a média, embora as habituais chuvas de Abril fossem bastante intensas, com cerca de 98 mm de precipitação à medida que as uvas começavam a pintar, como habitualmente, em meados de Julho. Embora a época de maturação tenha começado com temperaturas elevadas, o clima no mês crítico de Agosto foi mais fresco do que a média, com alguma precipitação nos dias 25 e 26 que equilibraram a maturação da vindima. As condições relativamente frescas e a ausência de picos de calor traduziram-se na elegância, acidez vivaz e no frutado fresco que encontramos nos vinhos de 2019. A vindima das uvas tintas no Douro superior começou com tempo quente a 4 de Setembro e na zona do Pinhão a 14 de Setembro. A colheita estava perfeitamente saudável e em excelentes condições, embora os rendimentos tenham sido quase um décimo abaixo da média de 10 anos. Os vinhos apresentavam-se atractivamente aromáticos, com uma acidez natural elevada e uma intensidade de cor acima do normal. A vindima começou na Quinta do Panascal, no Vale do Távora, a 18 de Setembro e no dia 20 na Quinta do Cruzeiro com uvas extraordinariamente saudáveis. A vindima foi brevemente suspensa durante um curto período de chuva na noite de 21 de Setembro, 8mm, que foi insuficiente para interferir na qualidade dos vinhos que estavam a ser feitos. As condições meteorológicas perfeitas foram retomadas e a vindima na Quinta do Santo António foi adiada até ao início de Outubro. Foram feitos excelentes vinhos até ao final da vindima.
Notas de Prova
Cor rubi muito profunda e intensa com um fino bordo cor de tijolo. O nariz é quase impenetrável, bem envolvido com denso aroma de frutas silvestres, cereja, amora e groselha preta. O caráter marcado dos frutos silvestres é o arquétipo da Fonseca, a intensidade levada a um grau ainda maior pelo fato de o vinho não ser filtrado, levando todo o seu corpo e extrato para a garrafa. A fruta escura é evidenciada por uma discreta aura mentolada e resinosa de ervas silvestres. O paladar é redondo e encorpado, com taninos granulares densos e bem integrados, proporcionando estrutura e peso, os sabores deliciosos culminam numa intensa explosão de frutas pretas. Este soberbo LBV, com o seu carácter intenso de frutos silvestres, é uma bela expressão do estilo da casa Fonseca.
Notas Finais
Região: Douro
País: Portugal
Produtor: Fonseca
Temperatura de Serviço: entre 16ºC e 18ºC
Harmonização: O LBV da Fonseca é o final perfeito de qualquer refeição. É um excelente acompanhamento de queijos intensos, especialmente dos azuis, como o Stilton ou o Roquefort. É também delicioso com sobremesas de chocolate ou frutos silvestres.
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